domingo, 2 de dezembro de 2012

Hoje é dia de fantasia: Privação de sentidos

Bem, depois da volta em caráter excepcional, cá estou de volta com a corda toda, falando do que eu mais gosto de falar e que vocês mais gostam de ouvir: putaria (de alta qualidade, claro). Fiquei matutando aqui sobre com que assunto eu abriria este retorno do blog e acabei de lembrando de uma experiência recente e interessante, que me fez pensar em uma coisa que eu não pensava faz tempo: privação de sentidos.
Não pensava porque por muitos anos essa foi uma coisa que eu sempre odiei. E daí eu digo, meus caros, nada como o tempo para nos ajudar a quebrar paradigmas e nos permitirmos novas experiências. E isso vale até mesmo para mim. Faz parte disso também se permitir algumas coisas que você acaba travando em algum momento. Não é porque uma experiência foi ruim um vez que será sempre, tudo depende do contexto. Mas já deu de introdução ao assunto, vamos ao que realmente interessa!



Privação de sentidos

Sentidos, a nossa mais incrível forma de perceber e vivenciar o mundo. Eu sou fã master dos sentidos e mesmo por isso a privação dos sentidos tem um poder muito forte sobre mim. Explicando, quando você priva alguém de um dos sentidos tecnicamente todos os outros sentidos ficam mais despertos. Além disso, a pessoa fica vulnerável. Para entrar nessa brincadeira, então, confiança é fundamental, caso contrário a pessoa que está sendo privada dos sentidos não irá conseguir se entregar e o negócio não vai ficar tão legal.

Vamos agora dar uma passada básica pelos principais tipos de privação de sentidos e suas possibilidades.

Privação da visão



De longe a privação da visão é a que mais pega a maioria das pessoas. Isso porque vivemos em uma cultura muito visual e estamos completamente acostumados a nos guiar pela visão, dando pouca importância para os outros sentidos.
Não tem muito segredo, para privar alguém da visão é só vendar a pessoa. Pode ser com uma venda, com um lenço, uma gravata, uma camisa, um pedaço de pano, qualquer coisa. É claro, se você usar uma daquelas máscaras para dormir a pessoa vai conseguir ver! Então é necessário que seja feito com alguma coisa que realmente impeça a visão, senão vai ser só uma coisa incomodando e mais nada.
CUIDADO: não vai amarrar a cabeça da pessoa com força demais! Vai machucar e vai causar um incômodo extra. Seja coerente.

A provação da visão pode ser combinada com privação de olfato. Vou colocar junto porque a categoria privação de olfato é bem menos explorada. Combinadas, como, você deve estar pensando... então: ao vendar os olhos você poderá também cobrir o nariz. Pra isso, é claro, você precisa ter certeza que a pessoa consegue respirar bem pela boca. Fora que essa privação não deve ser mantida por muito tempo, por causa da respiração. Outra opção são as máscaras (aquelas clássicas de filmes BDSM) que podem tampar o nariz e os olhos ao mesmo tempo, funciona muito bem, mas não é MESMO pra qualquer um, tem que ter prática e tem que ter certeza que curte.

Privação do movimento da boca

Veja, não vamos aqui falar de privação de paladar que seria uma coisa bem sem sentido. Falando da boca, esse lugar delicioso e cheio de possibilidades, o que cabe é a privação de movimentação da boca, que pode se dar por uma mordaça, uma ballgag ou uma mouth gag com abertura. Eu nunca usei nenhuma das três coisas, então fica mais difícil de opinar, ainda assim caso eu usasse (em mim ou na outra pessoa), preferiria mil vezes uma mouth gag que deixa a boca aberta, porque ao colocar uma ballgag ou uma mordaça a pessoa perde completamente a possibilidade de usar a boca.
Usando o modelo que deixa a boca aberta, mas sem nada no meio, você poderá usar a boca como quiser. Ou seja, você vai poder meter seu pau loucamente na boca da pessoa ou você vai poder sentar na boca da pessoa pra ser chupada loucamente. A sensação com certeza é diferente, mas deve ser interessante.

Privação de movimento dos membros



Este é um lindo campo do fetiche, lindo mesmo. É onde os mestres do bondage exercitam as suas habilidades com louvor. Eu que não sou mestre em bondage, se for pra privar alguém de movimento costumo usar ou algemas ou cordas. É claro que dá pra improvisar com virtualmente qualquer coisa. Basta ter um pouco de criatividade.
O grande barato de amarrar alguém é que a pessoa fica indefesa, entendam bem, indefesa no sentido de completamente disponível para desfrutar do prazer que você irá proporcionar. Não vá usar isso pra fazer algo que a pessoa não queira, NUNCA!
Privação de movimento oferece milhares de possibilidades. Amarrar as mãos, que é o mais clássico, fará com que você tenha um controle sobre a movimentação da pessoa, o que pode ser interessante para várias práticas. Amarrar as pernas, principalmente se abertas, é uma maravilha para penetrações profundas e deliciosas. Mas para amarrar as pernas abertas tem que ter onde amarrar, portanto não é sempre que é possível fazer. Um separador de pernas pode ser uma boa ideia. Na falta serve cabo de vassoura ou qualquer pedaço de madeira.
Se você realmente se interessar pela privação de movimentos eu aconselho procurar maiores informações em sites especializados em BDSM, eles são bem mais técnicos do que eu, eu estou nessa só pelo prazer.
CUIDADO: Se for usar cordas, cordas de algodão são as mais indicadas. Se for usar algemas muito cuidado para não apertar demais. Aliás, seja o que for, nunca aperte demais, Segurar a circulação não é uma boa ideia. Cuidado sempre para não machucar, pergunte se a pessoa está se sentindo confortável, saiba brincar!


Outras possibilidades...



Privação de audição é algo que me parece ser interessante, mas que também nunca tentei. A audição é um sentido muito importante, principalmente para manutenção do equilíbrio, portanto, ser privado dela causa uma sensação estranha, de mergulho dentro da situação sexual, um mergulho profundo. Além de privar a pessoa da audição uma possibilidade é fazer uma imersão em um som específico, colocar fones de ouvido com algum som em um volume bem alto. Pode ser uma música ou pode ser um padrão sonoro. Isso pode induzir diversas sensações e viagens diferentes, se alguém tentar, me conte!


AVISOS FINAIS:
Bom senso, bom senso, bom senso! Sempre!

E quem aí é fã de privação de sentidos? Quem tem história para contar?


sábado, 1 de dezembro de 2012

50 tons de repressão sexual

Eu pensei que jamais voltaria a escrever neste blog, por uma série de motivos, que talvez um dia eu paute. No entanto, a revolta com o assunto do momento me fez retornar. É claro que eu poderia estar escrevendo em qualquer um dos meus outros espaços (para mais sobre meu trabalho, leiam http://apalavrista.blogspot.com.br/). Mas é essencial que este post seja lido, portanto, nada melhor do que ele estar entre outros do mesmo elemento: sexo.



E o assunto é esse mesmo, o tão falado 50 tons de cinza. Eu não li o livro, não pretendo ler, e vou escrever sem ter lido. Minha discussão, afinal, não é sobre o livro e sim sobre a leitura do livro e sua repercussão.

Primeiro: parem de crucificar as mulheres que estão lendo o livro. Por favor! Sabemos sim que o livro possui diversos pontos, questionáveis. Não vou entrar em cada um deles porque vocês devem ter lido isso aos montes por aí, mas falar mal do livro é muito diferente de falar mal de quem lê o livro. Este livro está sendo um grito, um grito de liberdade para muitas mulheres. É fácil pra mim, pra muitos de vocês, falar que o livro é ruim. Eu leio "literatura erótica" (e putaria escrachada) desde o início da minha adolescência. Este assunto não é novidade, nunca me foi negado e absolutamente me interessa. A questão é que sou uma entre milhares. Para a maioria das mulheres, ler sobre sexo sempre foi um enorme tabu, quase impossível de ser transposto. Neste aspecto o livro é sim uma enorme quebra de paradigmas.



Segundo: "Mas como assim elas estão gozando com essa babaquice?" Gente, elas ESTÃO GOZANDO! Por favor! ELAS ESTÃO GOZANDO! Ouviram bem? Imagine que merda de vida sexual uma parcela enorme das mulheres tem para estarem sentindo prazer com uma história dessas. Desculpem os que curtem culpabilizar o indivíduo, mas isso é um sinal cabal de que a vida sexual das mulheres é uma merda. E isso, meus caros, é culpa de uma sociedade que nega o prazer a todos, mas principalmente às mulheres. Eu estou mais do que acostumada a confrontar esta realidade, quando vejo que, mesmo longe do ritmo que eu gostaria, minha vida sexual foi e é mais rica e diversa do que a soma da vida sexual das mulheres que eu convivo, independentemente da idade.



Terceiro: Está tudo errado, mas ainda assim é sobre transgressão e fetiche. Gente, ok, eu conheço muito bem o mundo do BDSM, sei que praticamente tudo no livro é completamente condenável e que nossos amigos bdsmistas estão "em polvo rosa". Eu super concordo com tudo isso. Ainda assim, quando antes na história deste mundo ouviu-se falar tanto em fetiches? Há quem diga que é melhor não saber que existe, do que ter uma concepção errado do BDSM. Eu acho que não. Simplesmente porque sabendo que existe, 5 minutos procurando na internet a pessoa já vai ver que não é bem por aí e vai se abrir pra viver coisas muito gostosas. Sério, gente, muito sério: a maioria das pessoas nunca faz nada de diferente na cama. Triste, muito muito muito triste, mas absolutamente real. Tem mulher que quando faz ou recebe sexo oral é o acontecimento do século, tipo, uma vez por ano e olhe lá. Essa é a realidade da cama da maioria das pessoas.

Quarto: É machista pra caralho sim, mas não venham culpar o BDSM. Ok, vocês sabem que eu sou feminista, disse isso desde o primeiro post. É óbvio e evidente que o livro é de um machismo absurdo, principalmente por tentar mostrar que uma mulher faz qualquer coisa por dinheiro, inclusive entrar num relacionamento abusivo. Mas só não venham dizer que é machista por conta do BDSM. Sei que é um pouco difícil essa compreensão por algumas vertentes do feminismo, mas o jogo de dominação e submissão do BDSM não é anti-feminista. Eu mesma, que sempre me disse dominadora (o que era bem coerente com minha postura feminista e tudo mais), hoje em dia assumo que gosto sim de ser dominada. É um contexto sexual. É fetiche. É explorar diferentes sensações e prazeres com alguém. Gente, falou de novas possibilidades de prazeres, desde que envolvam adultos que estejam de acordo, cai dentro! Se alguém utiliza de uma desculpa BDSM para impor coisas que você não quer este alguém é babaca, indiferentemente de qual sua filosofia sexual. E babaca tem em todo lugar e temos que ficar espertas SEMPRE.



Quinto: Não gostou? Que tal fazermos melhor? Eu também não gostei, mas acho que também cabe a nos escritores e ao público desenvolver literatura erótica de qualidade, coisa que não vemos muito mais por aí. Claro, podemos citar diversos grandes escritores na história. Eu amo Marques de Sade, amo Anaïs Nin e uma ou outra coisa que não me lembro bem agora. Tem coisa boa erótica sendo escrita? Estou perguntando sinceramente, porque eu não conheço nada. E, mesmo eu, escrevo uma literatura erótica de qualidade mas não divulgo, então, no que estamos contribuindo pra mudar isso?



Enfim, meus caríssimos, pensemos sobre tudo isso. E, a cima de tudo, muito cuidado para não transformar seu discurso que deveria ser politizado em um discurso de opressão, não culpem os leitores, é o mesmo erro que cometemos a culpar os eleitores, a culparmos as vítimas, ao culparmos todas as vítimas, em diferentes esferas.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Sexata discute: sensualidades na contemporaneidade

Um lenço jogado no chão por uma dama que se vestia dos pés a cabeça com metros e mais metros de tecido, um olhar de canto de olho, carregar os livros da amiguinha da escola, trazer a maior caça, ser dono de fazenda, dirigir um carro do ano. Poderia citar milhares de exemplos de coisas que foram ou são expressões da sensualidade em cada época. O que é ou deixa de ser sexy depende completamente do contexto cultural em que se vive, do momento histórico, do local.

É um desafio para aqueles que fazem parte de algumas gerações anteriores explicar as formas de expressão da nossa sensualidade em um universo tão multiplo e interconetcado e ao mesmo tempo tão frio com todas as transformações que a era da internet nos trouxe e que ainda gerará diversos desdobramentos que mal podemos prever.

Ao mesmo tempo para a galerinha que está chegando na pré-adolescência e na adolescência isso já está extremamente consolidado, mas como eles não tem a capacidade de formulação ideal, ainda, para desenvolver esta discussão, cabe a nós aqui, no meio termo, a geração que nasceu sem internet mas que transpôs sua rede de significados para este universo virtual o desafio de explicar, começar a puxar o fio do novelo.

Vocês devem estar se perguntando o que aconteceu com a Bruna que está falando todas essas coisas diferentes e complicadas, pois bem, inaugurando nossa label "filosofia de motel" eu quis aproveitar um momento de transformação e reflexão (meus processos constantes) para levar nossa conversa para um outro nível. Não se preocupem, os outros posts que estiverem fora dessa label trarão o mesmo sexo escrachado de sempre.

Como escritora é claro que as palavras sempre exerceram um poder sobre mim, sobre meu universo interior, meus desejos, meus anseios, minha sexualidade e também sobre minhas paixões, em todos os níveis. Convivendo cotidianamente com a internet há mais de 10 anos já me apaixonei pelas palavras antes da carne um tanto de vezes. Acabamos por nos interessar e ver naquelas palavras escritas na tela um outro ser humano, como nós, que muitas vezes atende aos nossos anseios, nossa busca.

Creio que hoje, diferente de alguns anos atrás, quase todos já viveram uma paixão virtual, ao menos uma paixonite, uma coisinha, um anseio, um super interesse por um alguém que nunca viram de verdade. E dezenas e dezenas de textos na internet falam sobre isso, não vou insistir no mais do mesmo.

Mas, o que nos leva a desejar sexualmente, sentir tesão mesmo, por alguém que nunca sequer olhamos nos olhos?

Eventualmente isso acontece, com maior ou menor força em nossas vidas. Conhecemos alguém por algum dos muitos caminhos que a internet nos oferece e essa pessoa desperta algo que não é nos domínios do coração e sim do desejo carnal.

Claro que para alguns deve ser algo simples como: viu uma moça de peitos gostosos já conversa de pau duro. Viu um cara de barriga de tanquinho, já diz oi querendo escalar cada degrau. Todo meu respeito a estes simplistas, mas para mim o tesão se encontra conectado a outro universo de sentidos.

Centralmente, meu desejo é desperto por aqueles que dominam o universo das palavras e dos questionamentos, por aqueles que conseguem carregar de significados cada pixel. É um tesão intelectual, aquele que sentimos quando lemos um livro que muda nossa vida, mas é um tesão intelectual  que se expressa sexualmente, em desejo carnal.

Desejo de ver aquelas palavras, que podem ser, ou não, expressões diretas deste desejo, metamorfoseadas em toques e cheiros e gostos e gozos. Todo o desejo represado (e aguçado por sonhos extremamente realistas) quer ser maremoto, abalar nossas estruturas de fato.

Sensual é, pois, aquele que consegue transformar letras em toques sutis em um corpo, mesmo que estando há quilometros de distância. Ser sensual é ter o poder sobre as palavras, muito mais do que um corpo esculpido nos padrões midiáticos. Mas isso não está ao alcance de todos. Felizmente tem aqueles que se deixam seduzir por fotos e padrões, por posses e dinheiro... assim todos podem ser felizes.

Da minha parte, quero ter meu corpo coberto de palavras.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Fêmeas alfa x homem objeto: colaboradora no sexata

Meninos e meninas, hoje temos uma colaboração especial no blog de uma amiga que escreveu um texto interessantíssimo, principalmente para os homens. Vocês sabem quando estão sendo usados? Sabem o que é ser usado pelas mulheres?

Fêmeas alfa x homem objeto

Desde os primórdios os homens alfa saem para caçar. Seja para trazer alimentos para sua casa ou apenas pelo prazer da caça, mas a pergunta que não quer calar é: A mulher do séc XXI é o novo homem alfa?




No ambiente da caça atual, mais conhecido como “Balada” o macho observa a fêmea que deseja capturar e acredita que está abafando com cantadas do tipo “De qual reino você é princesa? ”. Qualquer mulher acha essa cantada péssima e sem nenhuma criatividade, mas se os atributos interessaram, fingem que acharam muito criativo a porcaria da cantada e mostram suas plumas, assim como o pavão, com a intensão de arranjar um parceiro.

A questão é: O que as mulheres de hoje em dia desejam de um parceiro? Querem um marido que sustente a casa? Querem um companheiro para a vida? Querem apenas prazer sexual? Questiono separadamente porque convenhamos que é praticamente impossível os atributos acima serem comportados pelo homem atual.

Cada vez mais observamos que as mulheres destacam-se na vida profissional e comandam a casa tanto em atitude quanto no dinheiro. Isso obviamente reflete na cama. A mulher virou a ativa e busca seu orgasmo (porque se não buscarem sozinha não será o homem que ajudará) enquanto o homem é passivo, egoísta e sem criatividade.

Tenho observado mulheres com relacionamentos estáveis e longos, que por fora parecem um conto de fadas, mas que conhecendo bem é um tédio absurdo, fazendo com que ela busque a realização de suas fantasias sexuais com esses homens que ainda acreditam ser os macho alfa mas na verdade são totalmente manipulados pela mente complexa e as vezes maléfica das mulheres inteligentes dos dias atuais.

Sim! Muitos homens estão sendo enganados achando que estão pegando todas, mas na verdade estão sendo pego por todas... Triste mas é a realidade. Acham que são solteiros convictos, mas não passam de homens objeto.


E você? Se identifica com qual lado desta história?


Eu não concordo com tudo que foi colocado no texto mas achei super interessante trazer para vocês um ponto de vista diferente sobre o assunto e estou louca para ver as reações dos meninos.

Para mim no mundo do sexo ninguém tem que ser objeto, todos temos que ser senhores dos nossos desejos e prazer. Seguir sempre nossas vontade e sermos felizes. 

Bruna, aquela que segue acreditando no homem -e na mulher- do século XXI, mesmo com tantos babacas que encontro cotidianamente.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Manual Sexata: O que fazer no motel.

Faz um certo tempo que eu não vou ao motel. Seja por ter passado tempos morando sozinha, o que facilita a vida mas tira a necessidade de ir ao motel, seja porque as situações me permitiram outras alternativas ou porque hotéis são mais discretos (nem perguntem). Mas a verdade é que eu amo ir ao motel e não só pelo sexo, gosto de todo o processo: desde o convite, até a preparação (veja mais AQUI).

No motel é como se estivéssemos em um mundo paralelo, não importa se você está junto com o fulano há cinco minutos ou cinquenta anos, tudo parece diferente e a possibilidade de vivências inusitadas é bem maior.

Para vocês aproveitarem ao máximo esse universo do sexo (acho digno um lugar que existe para trepar e ponto) eu trouxe mais um dos nossos maravilhosos manuais. Vem aqui e vamos descobrir o que de bom é possível fazermos no motel (além do óbvio).

O que fazer no motel?


Bora descobrir um mundo novo para a casa do M grandão que não é aquela famigerada lanchonete?


  1.  É a hora de você praticar qualquer uma daquelas posições bizarras que precise de cadeira erótica, balanço, X, enfim, você pode escolher um quarto que tenha essas móveis super úteis e que -normalmente- não se tem em casa.
  2. Não precisar se preocupar com a bagunça. Tirando alguns tipos insanos (e eu já tive a oportunidade de namorar com um desses) não há motivo para você ficar arrumando quarto de motel, então pode jogar tudo pra cima, pode sujar o quarto, enfim, coisas que não fazemos em casa.
  3. É a hora de testar os esportes aquáticos, sexo na hidro, na piscina, no chuveiro (que costuma ter muito mais espaço do que o de casa). Só tome cuidado para não cair de cabeça e ter que sair pelada, gozada e de ambulância.
  4. Leve comida. Sério, ok que em alguns motéis existe uma cozinha potencialmente interessante mas, como diria uma amiga, eu não confio em comida de um lugar que eu não vejo a cozinha. Neuroses a parte, é sempre muito divertido fazer piquenique no motel.
  5. Sempre pegue pernoite, a não ser que se tenha uma necessidade latente de uma rapidinha, porque niguém merece trepar com pressa em função do horário que termina o período.
  6. Se você tiver alguma fantasia "diferente" (inclua aqui o que você quiser, chuva dourada, cobrir o corpo de leite condensado, sushi humano, qualquer coisa que envolva fazer sujeira) é a hora de colocar em prática. Porque fazer essas coisas em casa ninguém merece.
  7. Prepare-se para a ocasião. Leve uma malinha com todos os artigos eróticos ou exóticos que você tenha. Isso porque você se arrependerá se esquecer aquele chicotinho ou aquele vibrador, vai por mim, melhor levar e não usar do que não levar.
  8. Aproveite para comprar coisinhas, no catálogo do motel elas costumam ser BEM mais baratas que no sex shop.
  9. Deixa a vergonha em casa, aproveite pra se libertar de medos e preconceitos sobre algumas práticas sexuais, entre no clima do templo do sexo e liberte-se.
  10. Defendo completa liberdade sexual, mas é sempre bom colsultar o parceiro antes de tentar algo muito bizarro (como em um dia no motel que um ex decidiu que ia me dar um banho de fanta uva!). Principalmente se for algo imbecil e que não tenha relação com sexo.
  11. Durma antes de ir ao motel. Ok, dormir juntinho é delícia, eu adoro, mas deixe pra fazer isso em casa. Vá descansado e pronto para curtir a noite. Claro que um cochilo ou outro rola, agora deixar o companheiro assistindo Jô enquanto você dorme por horas é deprimente.
  12. Principalmente para meninas (e meninos que se importam com isso): leve shampoo, condicionador e sei lá mais o que você use, porque lavar o cabelo com aquele 2 em 1 e ir pro trabalho no outro dia é deprimente. Levar roupa pra trocar também é bem digno.
  13. Se tem frescura com camisinha também leve porque normalmente só tem uma marca.
  14. Bebidas, bebidas e bebidas. Leve as suas, pegue um quarto com frigobar e deixe-as gelando. Assim você não tem que encarar aquela cerveja ruim.
  15. Se for fazer mènage ou swing ou grupal (dentro de um limite razoável de pessoas) sempre escolha o motel, a não ser que você tenha muita intimidade com os outros envolvidos. Primeiro porque faz bagunça tocar a putaria generalizada, segundo porque muitos casais consideram importantes manter sua cama de casa como seu "templo" e não misturar as coisas.
Tenho certeza que vocês também estão se coçando pra dar suas dicas e truques sobre o motel. Não se acanhem, comentem e perticipem, o que você acha que tem que ser feito no motel impreterivelmente?
Se rolarem dicas interessantes eu faço depois uma versão 2 deste post com as dicas de vocês e outras coisinhas que eu vou lembrando.

    sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

    Sexo casual, tabu ou prazer?

    Sempre fui um ser da noite e meu relógio biológico não funciona como o de todos, como estou me habituando à nova rotina de acordar cedo o blog ficou um pouco prejudicado essa semana, mas prometo que logo tudo se ajeita e voltarei a postar quase diariamente como antes. Além disso os últimos posts me renderam um ótimo fim de semana, o que me deixou mais cansada na semana, mas enfim estamos de volta.

    E hoje, para trazer de volta nosso ritmo alucinante vou falar de um assunto que permeia toda a nossa vida sexual: o sexo casual. A não ser que você tenha namorado e casado com o primeiro namorado com o qual perdeu a virgindade é muito provável que você acabe trepando com pessoas com as quais você não tem um relacionamento mais significativo. Isso porque todos nós queremos trepar e não faz sentido ficar a vida inteira esperando o homem certo, a mulher certa em castidade quando podemos esperar (ou não) nos divertindo.

    Sexo casual, tabu ou prazer?



    Mesmo hoje em dia com a maioria das minhas amigas na faixa dos vinte e muitos ou trinta anos percebo que essa questão do sexo casual ainda é um tabu. Muitas deixam de trepar com um cara que tem vontade por achar que assim ele perderá o respeito ou ela não estará se valorizando. Gente, por favor!! Não estamos em 1940!

    Não existem regras para envolvimento sexual. Se você conheceu o cara hoje, beijou na boca, ficou com tesão, existe a oportunidade, faça um favor a si mesma e TREPE! Que culpa pode haver em seguir os seus desejos?

    Deve ser um pouco complicado para os homens entenderem isso de culpa que eu sempre falo, mas as mulheres são cheias de culpas e transar de primeira costuma ser a coisa que mais causa arrependimento para nós. É uma merda, é um saco e demora horrores de tempo para você conseguir se libertar dessa culpa. Meu pai, um exemplo de homem (cafajeste, por óbvio) sempre nos ensinou uma coisa: Faça o que você tem vontade desde que ao dormir você consiga pousar sua cabeça sobre o travesseiro sem peso na consciência.

    Poucas vezes na vida me arrependi de ter trepado com alguém e na maioria das vezes o arrependimento veio pela péssima performance do fulano. Mas várias vezes me arrependi de ter tido vontade de trepar com alguém e não ter investido. Lidar bem com a sua sexualidade é isso, sente tesão pelo fulano: invista, mostre suas intenções, não tenha medo! O máximo que pode acontecer é ele não querer ou ele ser muito ruim de cama (e neste caso você vai lamentar ter dado certo, mas vai ter uma história divertida para contar no boteco para os amigos e amigas).



    Há quem diga que se você dá para o cara na primeira noite ele vai ficar achando que você é fácil e não vai querer mais nada com você. Pois bem, há vários fatores a serem considerados nessa história.

    Primeiro, tem homens que pensam assim mesmo, mas normalmente são os mesmos que querem uma mulher submissa e frígida para casar e cuidar dos filhos, que passe os dias com a barriga no fogão e cuidando de casa enquanto ele come geral na rua, um cara que nunca vai te fazer feliz como ser humano e muito menos como mulher. E se você é leitora deste blog certamente não busca esse tipo de cara, né? Fora que esses são os mesmos caras com os quais você jamais vai poder demonstrar seus desejos, conversar sobre suas fantasias e passar do papai e mamãe, ninguém merece!

    Segundo, quase todos os casais casados que eu conheço, ou seja, relacionamentos estáveis e bla bla bla, transaram no primeiro encontro. Isso demonstra claramente que trepar na hora que se tem vontade não impede ninguém de ter relacionamento sério, pelo contrário, pode ser o determinante para o envolvimento do casal. E, observação importante, pode ser determinante para o não envolvimento do casal. O cara pode ser super interessante, mas se não rolar aquela sinergia você já desencana, sem ficar se desgastando por um possível relacionamento com alguém com quem não há química.

    Terceiro, obviamente que você pode estar só querendo trepar e pronto, nada além disso. Claro que, principalmente se for bom, há grandes chances de você querer repetir, mas sem o objetivo de ter um relacionamento que envolva algo além de sexo. Assim sendo, se é só sexo que você quer não tem porque se pensar nem meia vez antes de ir para cama com o cara (ou para o banheiro da balada, para o carro, o lugar é o de menos). Se acontecer de novo depois ótimo, se não acontecer pelo menos você se realizou sexualmente por uma noite e vai ter ótimas lembranças para ficar com aquele sorriso safado de quem trepou no dia seguinte.

    Agora, meninos, esse post também é para vocês entenderem algumas coisas fundamentais e que parece que muitas vezes não percebem: mulheres tem desejos (algumas, como eu, muito mais que vários homens) e também podem querer trepar no primeiro encontro. Perder o respeito por uma mulher em função disso é a maior molecagem que você pode fazer. Sim, homem de verdade quando encontra uma mulher senhora dos seus desejos fica extremamente feliz e aproveita para se divertir muito. Se não sabe lidar com mulheres de verdade fiquem na punheta que vocês ganham mais. E, para os que sabem, minhas congratulações.

    Tratar as mulheres com respeito é fundamental. Mas tratar com respeito não quer dizer achar que somos bonequinhas de porcelana, é permitir que estabeleçamos uma relação de intimidade e entrega sexual intensa com vocês, nem que seja por uma noite e nada mais. Não percam a oportunidade de gozar, nunca. Gente que trepa é gente feliz.

    segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

    Rapidinha sexata

    Enquanto não vem post novo, espero que tenham aproveitado o Valentine's day como uma ótima desculpa para foder muito!
    Aliás, quer coisa melhor que uma rapidinha em algum lugar surpreendente quando bate aquele tesão incontrolável? Não se contenham, toda hora é hora e todo lugar é lugar. Quem nunca trepou no banheiro do boteco, no carro, na rua, na escada do prédio, na varanda daquela festa e em tantos outros lugares inusitados?


    E você, qual o lugar mais inusitado que você já trepou?